Dizem que não é eleitoralismo. Afirmam que são mesmo assim: governam com grande intensidade. Chamam intensidade à chamada para a ribalta de decisões já tomadas, e de outras que não passam no parlamento. Medidas para encher o olho. Queixam-se. Inventam bodes expiatórios. Queriam governar à queima-roupa. Disparam em todas as direcções. Proclamam o bloqueio. Acusam o PS de se aliar ao partido fascista esquecendo que toda a esquerda está unida e vota contra as chamadas medidas intensas. A esquerda votou contra e não podia fazer outra coisa. O partido fascista absteve-se.
As intensas decisões de direita tomadas pelo governo de direita, que incluem mutilações intensas — SNS, e aparente controlo da imigração, por exemplo — não podem ter aprovação pelos deputados da esquerda. A esquerda vota na esquerda. O que é que não perceberam? Claro que perceberam tudo. Não são assim tão parvos como parecem. Mas interessa espalhar a ideia de bloqueio. Só falta convocarem o famoso slogan cavaquista.
A Europa precisa de mais representantes da esquerda no parlamento europeu. A direita e o seu extremo não fazem falta nenhuma em lado nenhum.