Fiz muitos trabalhos nos anos que se seguiram ao 25 de Abril. Eram sempre para amanhã. De manhã, de preferência. Nos próximos dias vou aqui mostrar alguns. O que hoje apresento é mesmo comemorativo da data. Foi uma encomenda da Câmara da Moita. O inevitável cravo tinha que aparecer de qualquer maneira. Coloquei-o assim, de uma maneira que parece aludir a um certo "irrealismo mágico". Mas o que me interessou mesmo foi a ideia da frase desenhada em cima: EM CADA ESQUINA UM AMIGO. Sempre associei a data ao homem que mudou a cultura musical em Portugal. Confesso que gostei da ideia e resolvi plagiar-me a mim mesmo: reutilizei a imagem para o segundo número da revista da Associação José Afonso, que então se publicava e que eu dirigia esteticamente. Adaptei a imagem a outra minha linguagem, mais ligada a outros desenvolvimentos estéticos que então praticava, e fiz a capa da publicação. No interior ainda ousei associar o raio do cravo à ilustração. Não sei se estragou tudo, se ficou piroso, mas avancei. A malta que aprovava a coisa gostou. Foi o que me interessou. E pronto, foi isto. Amanhã há mais.
terça-feira, 2 de abril de 2024
50 ANOS DE LIBERDADE - DESIGN DE COMUNICAÇÃO (1)
Fiz muitos trabalhos nos anos que se seguiram ao 25 de Abril. Eram sempre para amanhã. De manhã, de preferência. Nos próximos dias vou aqui mostrar alguns. O que hoje apresento é mesmo comemorativo da data. Foi uma encomenda da Câmara da Moita. O inevitável cravo tinha que aparecer de qualquer maneira. Coloquei-o assim, de uma maneira que parece aludir a um certo "irrealismo mágico". Mas o que me interessou mesmo foi a ideia da frase desenhada em cima: EM CADA ESQUINA UM AMIGO. Sempre associei a data ao homem que mudou a cultura musical em Portugal. Confesso que gostei da ideia e resolvi plagiar-me a mim mesmo: reutilizei a imagem para o segundo número da revista da Associação José Afonso, que então se publicava e que eu dirigia esteticamente. Adaptei a imagem a outra minha linguagem, mais ligada a outros desenvolvimentos estéticos que então praticava, e fiz a capa da publicação. No interior ainda ousei associar o raio do cravo à ilustração. Não sei se estragou tudo, se ficou piroso, mas avancei. A malta que aprovava a coisa gostou. Foi o que me interessou. E pronto, foi isto. Amanhã há mais.