sábado, 9 de março de 2024

Reflexão


É sempre a mesma coisa. Quim Barreiros é foleiro a olho, mas é sempre associado a José Afonso para que a reabilitação aconteça. Conferi esta ideia em notícia no Expresso online. Permitam-me que conte o que aconteceu. A participação de Barreiros em trabalho de José Afonso deu-se na gravação de um som de acordeão para o álbum "Com as minhas tamanquinhas", gravado em 1975. José Afonso pediu à produção alguém que tocasse o instrumento com a destreza popular que a canção exigia. Quim Barreiros era um jovem que frequentava as festas populares das aldeias e lugarejos. A brejeirice era mote. Mas José Afonso não conhecia nem apreciava tal coisa. Sabia que ele sabia sanfonar aquela geringonça que pendurava nos ombros e que manuseava com evidente habilidade. 

Quim Barreiros "cresceu". Muito. Tornou-se muito popular e passou a "alimentar" os convívios estudantis. O ressurgimento das miseráveis praxes tornaram-no herói desejado. Claro que só "cresceu" em popularidade balofa. Culturalmente mirrou, se é que alguma vez foi crescido. E de que maneira. Acabou em animador do partido neofascista da moda. Agora, quando o forem ouvir, lembrem-se de que para além de cantar trampa, tem trampa na cabeça. Alguém, com condições para pensar, pode imaginar votar num partido de gente com trampa e ódio na cabeça?

[Mantenho o comentário, mas retiro a fotografia. Aquilo estava a meter-me muita impressão. A imagem do Barreiros alarve é repugnante].

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