terça-feira, 5 de março de 2024

O direito a termos direitos

O parlamento francês colocou na lei o direito de as mulheres decidirem sobre o seu corpo. É o primeiro país do mundo a fazê-lo. Recordamos de imediato Simone Veil (na imagem), mulher de coragem e de grande estatura intelectual que enfrentou a corja de machistas no poder. Simone Veil sofreu na pele a agressão nazi. Foi presa, torturada, tentaram eliminá-la fisicamente, como aconteceu à sua família. Já ministra, lutou pela dignidade das mulheres e de todos os que sofriam. Enfrentou sempre machistas, racistas e outros fascistas. Teve que aturar "bocas" negacionistas do holocausto vindas da bocarra imunda do pai de Marine Le Pen, na altura o líder dos neofascistas franceses. Le Pen e os neofascistas são os grandes derrotados desta atitude do parlamento. 

Isto acontece numa altura em que, aqui em Portugal, o inenarrável Paulo Núncio, figura de cima da AD, fala em reverter a lei que reconhece que as mulheres é que mandam no seu corpo. Quer repressão, castigo, não prevenção. O neofascista Ventura, mais que provável aliado da inenarrável Aliança direitista se chegarmos a ter de viver essa desgraça de governo, pede apenas repressão e ajustes justicialistas básicos, sem qualquer consideração pelos avanços civilizacionais. Quem deve mandar no nosso corpo é a religião deles e as cabecinhas imbecis dos juízes e dos polícias reaccionários. Tudo a toque de caixa, é o que se quer. Prevenção é regabofe. Estes imbecis não têm qualquer respeito pelos outros, pelos que pensam diferente e que querem viver bem com o seu corpo. Com a Lei da morte assistida passou-se a mesma coisa. Eles é que mandam. Há um deus que lhes diz que deve ser assim. Só deus pode castigar e matar, com a ajuda dos políticos retrógados e dos seus braços armados: polícias sem cérebro que actuam como verdadeiros criminosos. Como nos livramos desta gente? Votando contra eles. 

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