Sabemos que o ridículo pode matar, mas enquanto o pau vai e vem, folga o riso. Estes dois acham-se o máximo. Ela faz esdrúxulas exposições porque é assim que deve ser. As coisas têm de ser grandes para se verem "lá de fora". Disse-o em entrevista de José Marmeleira, no ípsilon, do Público. Disse também o que a move em termos artísticos: o sucesso empresarial. Não existe aqui uma única ideia para além do negócio. Uma única. Ela não as tem. Como cidadã, até o feminismo lhe passa ao lado. Ela é à partida uma grande mulher que não precisa de se preocupar com essas ridicularias pouco rentáveis. A ideia é sempre o lucro financeiro. Mas quando o ponto é o reconhecimento pela Arte, coloca-se ao lado dos maiores. Valente. Assim é que é. O neoliberalismo na Arte começa com Joana Vasconcelos e acaba com quem tiver pachorra para olhar para aquilo que faz. Bom proveito.
Ele recebeu agora um reconhecimento qualquer, de um jornal de ciência francês, que com certeza não percebeu que aquilo que o homem escreve de científico não tem nada. Mas aquilo deu-lhe um gaz que até cheira. Mal, é claro. O homem desatou a insultar toda a gente que o não aprecia. E, claro, tal como a sua compatriota que tanto orgulho fornece a tantos portugueses, colocou-se ao nível dos melhores de sempre. Só não consigo perceber uma coisa. Estas criaturas, que se apreciam a si próprias como Narciso, têm noção das bojardas que lançam da boca para fora? José Rodrigues dos Santos especializou-se em artigos de quiosque que literalmente — não confundir com literariamente — relativizam crimes evidentes e ideologias. A literatura não existe. O homem não tem uma única ideia literária. O objecto é fruste. O objectivo é o sucesso financeiro. Ambos são muito bem sucedidos nessa arte.