Nesta terça-feira vou estar à conversa com Alejandro "Mono" González. Grande responsabilidade, confesso. Não é todos os dias que falamos com alguém que pôs as paredes do seu país a gritar contra o fascismo. Esteve com Allende e conheceu a tirania de Pinochet que estabeleceu a onda neoliberal no país. Mais tarde, em documentários em louvor da economia desse tenebroso tempo, os economistas injectados pelas teorias dos boys de Chicago, titubearam umas desculpas completamente ridículas, se não fossem assustadoras: não deram por nada. A repressão e a morte de milhares de chilenos passou-lhes ao lado.
Os murais de Siqueiros, Rivera e Orozco fizeram escorrer o discurso antifascista pelas paredes do Chile. Alejandro "Mono" González bebeu desse chá e também lutou pintando tons alegres na luta contra a tirania. Podemos lutar contra os opressores e seus apoiantes com alegria. A tristeza combate-se com a alegria.
Quem quiser e possa apareça n'A Gráfica - Centro de Criação Artística. Até lá.