terça-feira, 13 de junho de 2023

Racismo e Arte

AINDA O CARTAZ PALERMA E RACISTA | O autor do cartaz racista diz que chamar racista ao cartaz é exagerado. O parolo que lidera o partido fascista diz o mesmo. Para eles tudo é possível, desde que se pratique o racismo dizendo que não há racismo nessa prática. É opinião. É Arte, diz o autor. O homem acha-se artista, vejam só. 

Estes cartazes já foram exibidos em muitas manifestações. Quem os exibe são professores em luta. António Costa já tinha chamado a atenção para a violência dos frustes desenhos: "ninguém gosta de se ver com um lápis espetado no olho", disse em entrevista. Agora aludiu ao racismo também evidente. Todos os sindicatos se afastaram do violento protesto. Então quem patrocinou aquilo? Quem pagou as impressões gráficas? Foi o autor? O professor que assina a autoria diz, cinicamente, que o desenho representa um porco fofinho. É um miminho para o primeiro-ministro, acrescentou em modo vedeta do momento em entrevistas constantes para as televisões. Parece estar a fazer concorrência ao parolo fascista do Chega. O autor daquela coisa acha-se artista, e acha que pode apelar à violência porque isso é liberdade artística. Lápis espetados nos olhos já usou nos cartazes contra o ministro João Costa. Mas a esse não acrescentou focinho de porco. 

Conclusão: focinho de porco é só para quem não é branco. Os outros todos podem levar simplesmente com lápis a furar os olhos. É a liberdade artística de quem é rapadinho de ideias. 

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