quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

O preço da liberdade


Salman Rushdie e o preço da liberdade de pensar e pôr a pensar. Pôs-se a jeito, dirão alguns palonços. Pois é, há sempre quem não permita que o seu pensamento seja ditado por outros. Os que nunca se põem a jeito são os apologistas do "sempre foi assim" e portanto "nada a fazer". "A política é para os políticos", "Quem paga manda", "Temos de respeitar até os fascistas e os intolerantes religiosos porque é assim a democracia" ou "o Ventura até diz algumas verdades" mesmo quando defende que ninguém se deve pôr a jeito, só ele mesmo, que usa uma certa noção de justicialismo como se fosse perfume pessoal, e por aí fora. Essa gente mete nojo. É nauseabunda. Cheira a esgoto. Um esgoto que alastra na vida política dos países democráticos como perigosa inundação.

Respeitar o esgoto? E um raio-que-os-parta, não!?
Fotografia de Richard Burbridge para o The New Yorker