domingo, 13 de novembro de 2022

Pintar o interior das coisas









Em viagem pela Finlândia, e em incursão pela incrível biblioteca Oodi, em Helsínkia, descobri um artista extraordinário: Reino Hietanen. 

Nasceu por lá, em 1934, e morreu em 2014. Como não o conheci antes, foi como se me fosse apresentado naquele momento em que folheei um dos seus catálogos. Depois fui tentar perceber mais. Vi e tentei ler — o idioma lá da terra domina a maior parte das edições, como é óbvio. Salvaram-me a curiosidade alguns relatos em inglês — tudo o que havia sobre o seu trabalho. Estamos perante um pintor e desenhador de primeiro plano. Um gestualismo controlado por uma vontade de representação que alinha nas melhores intenções de representação visual.  Eu, que sentia a Finlândia como província nos arredores do mundo — só Alvar Aalto se chegava à frente da minha curiosidade intelectual — percebi que não é só a arquitectura que distingue aquele país admirável. Vou conhecer melhor Reino Hietanen. E recomendo-o.