sábado, 30 de abril de 2022

Dávamos grandes passeios pela floresta




Tivemos ontem o encontro anunciado. A ideia era falarmos do que nos preocupa como artistas e como observadores de arte. Ana Nogueira revelou-nos a vontade permanente que a move no sentido de encontrar os instrumentos necessários para se exprimir. Carlos Barão precisa de pintar para respirar. Percebemos que não é a representação da realidade que nos move, mas sim a vontade de transformar essa realidade. A cópia da realidade causa-nos violentas angústias. A influência do já feito deve dirigir-nos para a surpresa e não para o confronto com a experiência já realizada. Todos somos artistas: uns experimentam e depois continuam — com coragem, insistência — outros escolhem outros caminhos.
Foi tão boa esta conversa. Saímos dali mais esclarecidos, ou seja: mais confusos e com vontade de conversar mais.

A magnífica serigrafia de Ana Nogueira — com excelente realização gráfica de Gonçalo Duarte — foi aqui apresentada (ver imagem). Sucesso de vendas. Os exemplares que restam estão ainda à venda na Casa Da Cultura | Setúbal. Também o livro de Carlos Barão, Fintar a Sombra, está disponível na recepção/loja da Casa. Duas peças recomendadas para termos por perto. Dois objectos úteis em qualquer casa asseada. A exposição A Floresta de L, de Ana Nogueira, estará visitável até à meia-noite de hoje. Bom fim-de-semana.  

facebook