terça-feira, 29 de março de 2022

Óscar à porrada


Estas cenas dos óscares nunca me interessaram para nada. Os filmes que me interessam não interessam àqueles desfiles de vaidades. Mas desta vez a coisa piou mais fino. Houve merda no estrado das alcatifas de luxo. 

Não se calam. Até o "segundo canal", que é praticamente o único serviço televisivo que entretém as minhas dioptrias, falou de uma cena de porrada que se deu por lá. Parecia a TVI, ou a CMTV, ou a CNN Portugal, ou o diabo que os carregue. Fui tentar perceber. E o que percebi então? Um senhor que estava lá para receber uma daquelas estatuetas ridículas não gostou do que outro senhor, que estava lá apresentar com humor aquela coisa, disse da sua mulher. Há coisas que não se dizem. Mas também há coisas que não se fazem. Nem em público nem em privado. Quem não se quer molhar não deve andar à chuva. Agora discutem-se os limites para o humor. Discutam lá isso, mas não se zanguem. Não andamos nós a defender o fim de uma guerra? E não somos nós contra todos os tipos de violência? A mim é que não me apanham em feiras de vaidades. Não vi a entrega do boneco horrendo. Nunca vejo. Não gosto. Agridem-me as colossais vaidades. Abomino violência física. Vou já para dentro.