terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Ainda bem que é verdade, ainda bem que é mentira


Esta frase pertence a uma canção de José Afonso. Inserida no seu contexto define comportamentos. Trago-a para aqui para definir a minha opinião sobre o inenarrável Polígrafo da SIC.

A razão não existe. Existem razões. A verdade aconchega-se à consciência de cada um. A minha verdade sobre cultura, justiça, liberdade e outras piadas — como diria Rui Rio — não tem nada a ver com a verdade do fascista Ventura. Nem com a palermice de Rui Rio. Os Venturas da vida têm uma noção da verdade, da cultura e da Justiça muito diferente da noção dessas verdades que têm as pessoas com vontade de ver as coisas como elas são, na sua opinião. Digo eu, que não tenho nenhuma certeza nem vontade de a ter. E a minha opinião sobre o programinha ridículo do jornalista Ferrão da SIC é esta: aquilo não é uma aproximação à verdade. O que aquilo é, é uma vontade de aproximar supostas verdades à verdade dos fazedores do programinha ridículo. Temas ridículos — ao nível da CMTV e da CNN Portugal — saltam nos écrans com ganas de combate político. Parece uma missão. Parece uma religião com pretensões de anular o que os incomoda. Ajustar tudo como lhes dá jeito. Temas ridículos? E então, não são ridículos estes ajustamentos da verdade e da mentira perpetrados pelos ajustadores ridículos?