segunda-feira, 7 de junho de 2021

Chafurdar nas alcatifas

AUTARQUIAS 2021 | O poder local democrático tem o melhor e o pior que a democracia nos fornece. Abril permitiu que atitudes passassem a decisões.

Muita gente com vontade de melhorar vidas e combater preconceitos chega-se à frente para esse combate. É preciso valorizar as pessoas. Dar-lhes voz. Permitir que as cidades cresçam ou se qualifiquem para elas. Ao longo destes anos de poder local democrático assistimos a decisões que tornam infeliz o mais recatado cidadão. Atitudes de compadrio e decisões manhosas envergonham quem se move nas urbes. Há de tudo um pouco. Gente de esquerda que mais parece oriunda de um embrião do partido fascista agora com um deputado fascista. Gente de direita que não sabe o que dizer para conquistar gente da esquerda. Gente oriunda dos novos dependentes do estado social que agora são neoliberais viscerais e ornamentais. E gente dita independente que mais parece agarrada a um passado que não entendeu. Às vezes parece que ninguém diz coisa com coisa. Vou tentar perceber o que se vai passar em Lisboa e Setúbal. São as cidades que me interessam. Circulo por ali. Em Lisboa há moedas de troca sem ideias para a troca. Em Setúbal, a direita está apetrechada do pior que a sociedade fornece. Gente sem trambelho afoga-se em contradições em redondo, como em rotundas mal enjorcadas. Tenciono estar atento. Mas a minha sugestão é sempre a mesma: direita não. Extrema-direita fascista muito menos. Votar à esquerda, sempre. Sempre é melhor que nada.