sexta-feira, 12 de março de 2021

Eu não faço anos; os anos é que me fazem a mim

Não tenho o hábito de festejar a minha existência na data do calendário que corresponde ao dia em que nasci.

Não gosto do "parabéns a você" (essa cançoneta parva e ridícula), nem do bolo de anos, nada. Comemoro a vida todos os dias. Festejo a existência a toda a hora. E gosto do que vivo. Gosto muito dos meus amigos (escrevo como aprendi: aqui incorporam-se também as amigas, é claro). É com eles e com elas que convivo e vivo. Tenho saudades. Nunca pensámos ter de viver assim: tão distantes uns dos outros durante tanto tempo. Sonho com o reencontro. Mas a realidade desmente o sonho. Para continuarmos a viver temos que fazer esta pausa. Estou preocupado. Muito. Mas optimista. Sempre. Vamos voltar a estar juntos para combater os apologistas das proibições, expulsões e outras pulsões. E vamos voltar a lutar pela nossa dignidade. Sempre. Muito obrigado por estarem aqui. Gosto de vocês. Até já.

A fotografia é do João Francisco Vilhena. Grande amigo e grande artista/fotógrafo, como se pode comprovar, não apenas por esta imagem, mas por todo o trabalho com que nos vai surpreendendo.

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