Foi em Novembro de 2014 que José Mouga fez a sua primeira exposição individual na cidade. Primeira e única até hoje. A galeria da Casa Da Cultura | Setúbal recebeu uma notável exposição, com trabalhos feitos com a intenção de preencherem o espaço. Foi uma honra e um luxo, o que Mouga nos proporcionou. Na altura escrevinhei estas palavras para a folha de sala:
ALEGRES CIPRESTES | Se me pedissem para escolher uma música ou um grupo musical para acompanhar a pintura de José Mouga, inclinava-me para os Penguin Cafe Orchestra. O percurso do pintor não acompanha estilos ou modas. Não se enquadra em escolas ou grupos. Nada contra os alinhamentos. As rotinas são necessárias. Mas não é disciplina que se inscreva no seu caderno de capa preta. Adivinha-se nestes trabalhos a preocupação de não estar calado. De contar o que se passou ali mesmo ao lado. De mostrar trilhos percorridos. É por isso que a pintura de Mouga é como a música do grupo de Simon Jeffes. Sem enquadramento que permita uma classificação.
Conheço-lhe o percurso desde os tempos do abstracto. Percebi o caminho para uma tímida figuração. E surpreendo-me com este novo trabalho. Estes ciprestes foram companheiros do artista e seus cúmplices.
Conheço-lhe o percurso desde os tempos do abstracto. Percebi o caminho para uma tímida figuração. E surpreendo-me com este novo trabalho. Estes ciprestes foram companheiros do artista e seus cúmplices.
Rui Mário Gonçalves tentou perceber o que se passou. Escreveu elogiosa opinião sobre a pintura de José Mouga. Na publicação que será apresentada para esta exposição será incluído um dos seus textos. Aliás, decidimos que esta mostra fosse também uma homenagem ao crítico e historiador de arte que recentemente nos deixou. É o nosso obrigado a quem tão bem entendeu a Arte Portuguesa.
Setúbal recebe o pintor José Mouga, na Casa da Cultura, com estes trabalhos que revelam a nova fase do artista. Chamou-lhes NOTAS DE VIAGEM.