Foi em Setembro e Outubro de 2019 que Pedro Chorão se estreou em mostra individual em Setúbal, na galeria da Casa da Cultura. Exposição de sofisticados contornos estéticos. Na minha opinião, e eu disse-o na altura, uma das exposições mais importantes de sempre patentes na cidade.
E na altura também recordei um texto de Jorge Silva Melo sobre o artista: "São feitas de quase nada, vibrações mínimas, variações, modalidades, e vai de uma a outra uma inquietante ansiedade, a voluptuosa rapidez do pincel amachucando as tintas, mas também ouvimos a serenidade do continuum, estamos num silêncio "da corrupção separado", sem amarras, sem outra glória do que a sua existência, sem outro amanhã que não o seu, terra, areia, gesso ou céu, noite agitada a que calmíssima maré se sobrepõe. Há, neste Pedro Chorão, o rumor da manhã perto do mar, tudo é tão pouco e só o que é necessário, tudo é "é de nenhuma coisa feito". E a manhã acende-se sobre a dor."
Ficam aqui algumas imagens, enquanto a observação da Arte só permite esta distante visualização. Melhores dias virão, tenho a certeza. Até amanhã.