terça-feira, 2 de junho de 2020

Manual do divertimento e da revolta

A direita política, essa instituição conservadora que quer deixar tudo como está mesmo que isso não seja possível, agarra-se a um deus criador de todas as coisas quando a coisa não lhe corre bem. Passam então a extremos, chama-se a essa nova "instituição" extrema-direita. 

Bolsonaro, no Brasil, convoca deus para tudo, embrulhado na estupidez natural que o assiste. Trump, nos EUA, anda agora de Bíblia em punho, qual pastor evangélico, a incendiar um país em chamas. A demência egocêntrica tem destas coisas. A paciência para esta gente execrável está a esgotar em todos os pontos deste globo pelos deuses instalado. Mas eles andam em bolandas em busca de apologias do dislate. Um dos delinquentes que Bolsonaro fez — um dos filhos: toda a gente sabe que Bolsonaro só faz merda — publicou um recorte de um indescritível jornal italiano, onde o infelizmente presidente brasileiro aparece como personagem admirável. O que a alminha deve ter "investigado" para encontrar aquele pasquim inenarrável. Ninguém ligou ao elogio aparvalhado à criatura. Encontrei a divulgação, à laia de "estão a ver?", no mural de um idiota brasileiro que tem amigos em comum comigo. Estive entre o divertimento e a vontade revoltada de retorquir. Fiquei pela primeira hipótese quando percebi que ninguém se apercebeu da alegria do cretino. Perdem terreno, mas lutam com todos os meios pela sobrevivência. Os perfis falsos são mato grosso; os verdadeiros são apenas imbecis.
Já que falamos de crenças e crentes, falemos de um crente respeitável: o Papa Francisco, em tom entristecido mas em discurso lúcido, exortou os poderes a preocuparem-se mais com as pessoas e menos com a economia. Sem pessoas não há economia. As pessoas são tudo. Mas os idiotas que "governam" o Brasil e os EUA não sabem o que são pessoas. Só conhecem máquinas. Máquinas de fazer dinheiro. Sua única felicidade pessoal. Se deus é grande, não pode ter assim tão reduzida dimensão.
O mundo quer ver estes energúmenos pelas costas.

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