quinta-feira, 2 de abril de 2020





RECORDAR | Em tempo de recolhimento caseiro, recordo o que foi acontecendo no tempo em que as pessoas se encontravam para ir ver, ouvir, falar, curtir o que na Casa Da Cultura | Setúbal se ia passando. Já passou, isto foi em 2 de Abril de 2017, mas parece que foi ontem. E vai voltar a ser amanhã, um dia. As imagens registam momentos da abertura da exposição e do debate sobre as capas dos discos de José Afonso que ocorreu dias depois, com a participação dos autores João de Azevedo, Alberto Lopes e José Brandão.

Transporto para aqui os textos que acompanhavam a divulgação da exposição e do debate. Recordo, com saudades do futuro.
DESIGN DE COMUNICAÇÃO | A vontade de fazer esta exposição persegue-me há um ror de tempo. A importância do design gráfico na obra de José Afonso merece destaque. Os treze álbuns de originais que gravou são, para além da pedrada no panorama rude e tosco da música portuguesa da altura — se nos lembrarmos que Cantigas do Maio, o melhor disco de sempre da música feita em Portugal, foi gravado em 1971 — exemplos de excelente apresentação gráfica. Agradeço portanto à Câmara de Setúbal esta possibilidade, que na abertura se fez representar pelo vereador Pedro Pina. E agradeço a presença do meu velho amigo Alberto Lopes, autor das capas Fura Fura e Galinhas do Mato, que se fez representar a si próprio e com a promessa de a colaboração continuar. Agradeço por fim à Joana Afonso, filha do nosso querido Zeca e minha querida amiga há muito tempo.
DE NÃO SABER O QUE ME ESPERA | Foi uma lição, esta sessão com José Brandão, João de Azevedo e Alberto Lopes. Os autores-designers-ilustradores das capas dos discos de José Afonso explicaram tudo o que aconteceu e que motivou o privilégio de terem sido os escolhidos para a tarefa. Falámos do trabalho e dos envolvimentos artísticos. Falámos do excelente trabalho que está instalado nas paredes da galeria da Casa Da Cultura | Setúbal até ao final de Maio. Falámos do trabalho de José Santa-Bárbara, que motivos chatos não deixaram estar presente. José Brandão ainda teve tempo para explicar os desenvolvimentos do seu Coro dos Tribunais a um grupo de ex-alunos. Foi uma noite e pêras. Digo eu, que saí dali muito mais crescido. Acho que se nota.
As fotografias são do Fernando Pinho.
facebook