sábado, 25 de abril de 2020

O que faz falta

Pela primeira vez na minha vida assisti às comemorações do 25 de Abril na Assembleia da República. Pela televisão, é claro. Prefiro a rua. O momento em que se desce a avenida da Liberdade é tempo de felicidade. 

Assisti aos discursos dos nossos representantes. O discurso do Presidente da República foi claro, mas excessivo na busca de justificações. Logo o do Presidente, que deveria deixar a caravana passar, e ignorar latidos distantes. O deputado fascista da Cofina viu ali chamas para a fogueira que insiste em acender. Repugnante. O deputado do CDS/PP chegou-se ao fascista em observações execráveis, e saiu antes de tocar o Hino. Enfim, patriotismos de caserna.
Tenho ainda a dizer que gostei dos discursos de todos os outros deputados. Distanciaram-se quanto baste da insistida polémica e foram objectivos na interpretação da nova realidade.
Enfim, esperemos que a crise passe e para o ano lá estaremos na Avenida da Liberdade a comemorar o fim do fascismo e o exercício da democracia. Ah, é verdade, e a lutar contra o fascista sem vergonha que se senta agora no parlamento, assim como contra os que o apoiam sem hesitações. São rascas, mas perigosos. Como escreveu José Afonso: O que faz falta é avisar a malta.
25 de Abril sempre!

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