sexta-feira, 17 de abril de 2020

Geringonças há muitas, seus palermas

A pandemia ditou novos patamares de convivência política. Presidência e Governo falam a uma só voz. 

No parlamento, a distância entre esquerda e direita ficou mais reduzida no sentido de se resolver esta crise medonha; exceptuando a insistência troglodita do deputado fascista da Cofina. Ontem, o energúmeno esbracejava um toque de violino enquanto o deputado Pedro Delgado Alves falava. Gestos aplicáveis à discussão dos futebóis a que o alarve se habituou. Mas foi bem arrumado no seu lugar pelo deputado Delgado. Enfim, as entidades políticas e os seus representantes vão-se ajeitando conforme as circunstâncias. A política é isto mesmo. E é saudável que assim seja. Chamaram um dia a este tipo de acordos "geringonça". Em tom depreciativo, é claro. Acontece que passamos a nossa vida de todos os dias neste bricolage. Funcionar na política é bom. A perfeição não existe. E quem acha que sim, que existe, é quem quer o leme para correções totalitárias. Os intolerantes é que aplicam a intolerância.
Que venham as geringonças, desde que não sejam mal engerocadas.

Fonte DN
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