quarta-feira, 6 de março de 2019

A DESORDEM DAS COISAS | Grande rebuliço por causa de uma canção que vai "representar" Portugal no eurofestival. Fui insultado por não comentar o desfile. Como se quem tem "a mania que sabe tudo" — o insulto começava assim — tivesse que comentar tudo sem excepção porque sim... ponto. Também fui classificado de só ter um olho — versão contemporânea de Ciclope, pelos vistos — por não comentar um programa — de gastronomia, pelo que percebi — onde o primeiro-ministro foi cozinhar uma cataplana de peixe.
O concurso das representações musicais televisivas não vejo desde os doze anos — onde isso já vai — e os programas de cozinhados políticos e afins nunca vi. Confesso que me pus em alguns, uma ou outra vez, durante uns minutos, mas aquilo não é assunto para quem tem "a mania que sabe tudo". Acho mesmo que é para quem não quer saber de nada.
Este esclarecimento é feito porque os insultos me divertiram. Não pretendo justificar nada. Não digo aqui coisas para mudar o mundo, nem me pretendo expôr a sofrimentos. Os insultos surpreendem-me, mas não se entranham. Resvalam. Contudo agradeço-os. Foram divertidos. É bom existirem caçadores dos "sabe-tudo", mas não sou caça que se aproveite. Lamento.

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