sexta-feira, 31 de agosto de 2018
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
QUEM CÁ FICAR QUE SE AMANHE | Percebermos que ainda há alguém que toma atitudes é assinalável. Assinala-se pois esta atitude do até agora ministro francês do Ambiente. Tudo se desfaz à nossa volta, mas os poderes insistem em assobiar para o lado. Parece que alinhar com Trump é a solução mais cómoda. Não existem alterações climáticas. Sempre foi assim. É a natureza. A gente governa meia dúzia de anos e vai-se embora. Vamos ficar ralados com palermices ambientalistas para quê? Quem cá ficar que se amanhe.
terça-feira, 28 de agosto de 2018
EU É QUE SOU O SANTANA LOPES | Deu uma entrevista à estação dos Balsemões. Conversa do costume. Eu alertei. Eu apresentei propostas. Eu faria melhor. Eu, eu, eu. Frases feitas. Contradições. Verborreia. Efeito Trump na política portuguesa? Talvez. Até na aparência, mas com melhor gosto. Linha pipi-da-tabela. Blazer discreto, camisa branca aberta em bico, mas sem excessos — está de férias —, indisfarçáveis implantes e prováveis extenções capilares. Brincadeira minha. O ar de enfado desapareceu. É pouco eleitoralista. Conversa da treta em palhaço rico da política portuguesa. Desejo-lhe a sorte dos balões das festas. Politicamente, é claro.
segunda-feira, 27 de agosto de 2018
SOBRE A MÁ-CRIAÇÃO E OUTRAS MÁ-FORMAÇÕES | Sobre as transferências milionárias das "estrelas" da "comunicação" televisiva só tenho a acrescentar o seguinte: se as pessoas se pespegam a ver e ouvir o que os programas desta gente têm para dizer, sejam eles em prestações suaves ou em overdoses, de manhã, à tarde ou à noite, bem podem começar a pensar em arranjar ajuda psicológica. Ou mesmo psiquiátrica. É que esta chusma de banalidades, sempre ornamentada por esdrúxula percentagem de ignorância e pato-bravismo, só pode dar mau resultado. Quem consome arrisca-se a acabar lé-lé da cuca. Ou então é completamente estúpido, que é o estado intelectual ideal que permite assistir à algazarra sem estranheza, permitindo que se entranhe até aos limites da estupidez. Se é que a estupidez tem limites.
Fonte DN
domingo, 26 de agosto de 2018
HERÓIS E LABREGOS | Claro que não vou agora para aqui fazer elogios fúnebres a alguém que não esteve à minha beira, nem leu os livros que eu li, nem tomou opções que me abalassem entendimentos da vida e da felicidade. Mas o facto de ser decente e assumir fragilidades é qualquer coisa. Trump deixou claro que não o apreciava porque na guerra se deixou capturar, sendo por isso, e só por isso, considerado herói. Labrego maior que Trump é impossível encontrar. MaCain fez perceber: não quer que o idiota que ocupa a Casa Branca ponha os pés no seu funeral. É uma decisão que merece respeito. A hipocrisia é mel para os mal formados. Não sei se poderemos, à luz do que nos ilumina, considerar este homem um herói. Mas esta atitude é louvável. Tudo o que seja anular o palonço da cabeleira loura é apreciável.
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sexta-feira, 24 de agosto de 2018
DA ESTUPIDEZ E DA MALDADE | Como se não bastasse o idiota da cabeleira loura lá da América mais acima, na América mais abaixo anda agora este cretino em sucessivas manifestações de imbecilidade. Imbecilidade polvilhada de sucessivas camadas de filha-da-putice, que a tontice nunca lhes dá para dar milho aos pombos.
Fonte Folha de S. Paulo
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Fonte Folha de S. Paulo
MANUAL DE CONVENCIMENTO PARA INCAUTOS | Este imbecil acha que sem ele só o dilúvio. É uma figura bíblica. Um novo messias. O salvador do mundo. A esperança dos povos.
Pensando melhor, a sua substituição não seria propriamente uma maravilha da democracia. Merdas por merdas... O outro merdas é bem capaz de fazer mais merda ainda. E sem alarido mediático. Com contenção religiosa. O mundo é um lugar perigoso.
Fonte DN
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Pensando melhor, a sua substituição não seria propriamente uma maravilha da democracia. Merdas por merdas... O outro merdas é bem capaz de fazer mais merda ainda. E sem alarido mediático. Com contenção religiosa. O mundo é um lugar perigoso.
Fonte DN
quinta-feira, 23 de agosto de 2018
PANTEÃO? IMPORTAM-SE DE REPETIR? | E pronto. Ponto final nesta estranha ideia. Confesso que estremeci. Mas a família tomou a decisão acertada. Penso que chega, mas se não for suficiente a decisão dos meus amigos Zélia, Joana, Pedro e Lena, os amigos dão uma ajuda. O panteão não é para todos. E isto não é um acesso de excessiva humildade. Muito pelo contrário. É atitude. Nem vale a pena estarmos aqui a debater "reconhecimentos" e "honras" atribuídos ao acesso ao casarão da feira da ladra. Acho que se percebe quando se fala do cidadão em causa. José Afonso é muito maior do que o panteão. José Afonso está ai todos os dias com o melhor que fez: na música, no exemplo, na atitude, na cultura. José Afonso no panteão é que nunca.
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
POUCA-TERRA, POUCA-TERRA | Ainda sou do tempo em que o CDS era o partido da lavoura. Mudam-se os tempos, mudam-se as manias. Provavelmente quer encaixar-se em todos os carris que lhe permitam não voltar a ser o partido do taxi. Percebe-se.
Fonte Observador
Fonte Observador
sábado, 18 de agosto de 2018
PRENSAMENTOS#10 | Convite de Maria João Frade. Escolhi 10 trabalhos gravados destes artistas. Pertencem às minhas escolhas e todos ilustram preferências pessoais. Gosto muito destes trabalhos. Vão estar a ornamentar as paredes do Café da Casa a partir da próxima segunda-feira, dia 20. E pronto, foi o que se arranjou para vos fazer companhia enquanto bebem um cafezinho, devoram um brunch ou saboreiam um bacalhau à Braz. O bife à café também se recomenda. Bom proveito.
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sexta-feira, 17 de agosto de 2018
CULTURA, TOUROS, PORRADA E MORTE | A minha aversão a touradas é de ordem ética e estética. Um animal não se trata mal. Não se agride outro ser vivo de maneira gratuita para diversão de gente de curiosidade intelectual diminuta. Sim, por favor não venham com os Picasso, Hemingway e Ortega y Gasset outra vez. Não os desprestigiem mais. Eles foram bons no que fizeram, ponto. Uma tourada é qualquer coisa de esteticamente deprimente. Não entendo como pode alguém divertir-se com uma exibição de valentia preparada, estando o adversário, apesar de superior em força, devidamente reduzido na sua reacção ao ataque. O meu entendimento da coragem e da tradição cultural não se diluem nestas performances taurinas. Qualquer manifestação de valentia exercida pela violência física provoca-me asco. É passado. Não é civilizado.
Mas sabemos que é por isso mesmo que os apreciadores vão às praças. Querem medir forças. São representados pelo toureiro. Querem vencer a fera que, incrédula, vai resistindo enquanto pode. Vencida, arrasta o sangue e o sofrimento pela arena. Sangue, Sofrimento, Vitória. Os apreciadores querem sangue, agressão, violência.
Se tourada é cultura, o que aconteceu em Albufeira diz muito sobre a procura cultural dos aficcionados. Quando a fera não está na arena, agride-se quem está em sua defesa. E pede-se a sua morte. Na arena pede-se sempre a morte. Desde o tempo das arenas romanas, em que os vencidos eram os humanos.
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Mas sabemos que é por isso mesmo que os apreciadores vão às praças. Querem medir forças. São representados pelo toureiro. Querem vencer a fera que, incrédula, vai resistindo enquanto pode. Vencida, arrasta o sangue e o sofrimento pela arena. Sangue, Sofrimento, Vitória. Os apreciadores querem sangue, agressão, violência.
Se tourada é cultura, o que aconteceu em Albufeira diz muito sobre a procura cultural dos aficcionados. Quando a fera não está na arena, agride-se quem está em sua defesa. E pede-se a sua morte. Na arena pede-se sempre a morte. Desde o tempo das arenas romanas, em que os vencidos eram os humanos.
MADALENA MATOSO EXPÕE EM SETÚBAL | Venceu o mais recente Prémio Nacional de Ilustração. 22º edição. Já tinha arrecadado este prémio em 2008. A distinção foi o ano passado para Fátima Afonso, também participante na Festa da Ilustração - Setúbal e o de 2016 foi entregue a João Fazenda, convidado da última edição da Festa. Nesta exposição Madalena Matoso vai mostrar ilustrações para vários livros, editados pela Planeta Tangerina, editora de primeiríssimo plano, onde a ilustradora trabalha e edita. Depois do artista italiano Manuele Fior, que se mantém a revestir as paredes do espaço ilustração até ao fim de agosto, vamos continuar a cultivar o luxo. É um luxo pois, esta magnífica exposição de Madalena Matoso. Convidados.
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quinta-feira, 16 de agosto de 2018
MORREU UMA VOZ | Símbolo. Atitude. Talento. Voz. Morreu Aretha Franklin. Vamos ouvi-la?
Muito obrigado, minha senhora.
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Muito obrigado, minha senhora.
quarta-feira, 15 de agosto de 2018
SOPAS DEPOIS DE ALMOÇO | Claro que a melhor solução para esta "crise" é retirar o convite a Marine Le Pen. O governo português não tem nada a ver com os motivos que levam a organização do certame a convidar e a desconvidar. A pergunta é: o que leva esta gente a convidar gente daquela? A resposta poderia ser esclarecedora. Ou não, sei lá. Provavelmente isto só serve para a organização juntar uns trocos.
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terça-feira, 14 de agosto de 2018
DO NOVO E DO VELHO CONHECIMENTO | Marine Le Pen conferencista? E vem conferenciar o quê? Novas ideias? Oh meninos, ide.
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domingo, 12 de agosto de 2018
A CURVA DO RIO | Desorientou-se com muita gente por causa de muita coisa. O que pensava incomodava. Nem sempre pelas melhores razões, na minha opinião. Mas escreveu grandes livros. Há muitos anos fiz a capa de uma edição para o Circulo de Leitores de A Curva do Rio. Comecei a lê-lo desde aí. Ainda não parei. Ele parou agora de escrever porque deixou de viver. Privilégio nosso podermos continuar a lê-lo. Muito obrigado, senhor Naipaul.
sábado, 11 de agosto de 2018
ONOFRE NA CASA DA CULTURA | E pronto, a exposição abriu ontem e fica disponível aos olhares de todos até ao fim do mês, na galeria da Casa Da Cultura | Setúbal. São pinturas e desenhos de vários tempos, resumindo assim um percurso. Os amigos apareceram. Gostámos de estar ali. Recomendo visita.
As fotografias aqui mostradas são do Fernando Pinho.
sexta-feira, 10 de agosto de 2018
terça-feira, 7 de agosto de 2018
SAM | Percebemos a preocupação com uma certa gestão da solidão. Provavelmente acabamos sempre sozinhos. Percebemos um fim. Sam Shepard escreveu este livro já nos seus últimos dias. Belíssimo. Beleza triste? É o que é. A beleza nunca é diversão fácil.
ESPIÃO NA PRIMEIRA PESSOA
Sam Shepard
Tradução (excelente) de Salvato Telles de Menezes.
Edição Quetzal.
domingo, 5 de agosto de 2018
E A DIPLOMACIA, SENHORES? | O que é preocupante nestas declarações e seus desmentidos é o nível literário da metáfora. Maduro acusa a quente, sem provas. Preocupante. Mas a resposta do palácio de Santos constitui emenda pior que o soneto. "O presidente está empenhado no batismo da sua neta Celeste, e não em derrubar governos estrangeiros". O presidente de quê? Da junta? E se não fosse o baptizado da neta já estava mais disponível para derrubar governos? Valha-vos São João Baptista, que o mundo já não aguenta políticos assim.
Fonte Expresso
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Fonte Expresso
MUDAM-SE OS TEMPOS... | Marcelo acha que um partido é uma família. Diz isto a propósito de Santana, que quer arranjar outra família política. Não se faz, acha o Presidente. E de seguida diz mais umas coisas sem trambelho. Ainda bem que o Presidente tem grandes amigos que pensam o contrário, e sempre lhe vão dizendo que um partido não é mesmo uma família. Um partido é uma instituição fundamental para a democracia, onde grupos de pessoas se encontram para garantir o funcionamento da dita democracia. E também não é suposto que não se mude de família nunca na vida. O mundo é composto de mudança. Mudar é bom, quando se muda para melhor. E deve ter-se sempre essa liberdade. Eu, que nunca engracei com o PPD/PSD até acho graça a esta mudança. Percebe-se porquê, não é verdade?
Já agora, os amigos de Marcelo que discordam dele deviam dizer-lhe que para quem anuncia que o Presidente da República não se deve meter na vida interna dos partidos, tanta declaração sobre este assunto revela esquecimento desse manual. Arranjem-lhe outro. O homem está a precisar de fazer umas releituras.
Fonte sapo24
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Já agora, os amigos de Marcelo que discordam dele deviam dizer-lhe que para quem anuncia que o Presidente da República não se deve meter na vida interna dos partidos, tanta declaração sobre este assunto revela esquecimento desse manual. Arranjem-lhe outro. O homem está a precisar de fazer umas releituras.
Fonte sapo24
sábado, 4 de agosto de 2018
O PROFETA | O futuro passa por outro caminho, diz o vidente, perdão, o visionário Santana. Já estou a ver o seu novo partido a convencer "imeeeensos" eleitores e a encher o parlamento. Com verbos de encher, que é uma linhagem de gente que costuma ir na conversa destes videntes, ai, visionários
Fonte Público
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Fonte Público
sexta-feira, 3 de agosto de 2018
OS CAMINHOS NUNCA ACABAM | Onofre Manata expõe em agosto na galeria da Casa Da Cultura | Setúbal. Este trabalho é o resumo de um percurso iniciado há algum tempo, que aqui se apresenta como procura de um caminho. Caminho que não tem fim, quando a busca é constante. Os caminhos nunca acabam, pois.
A exposição abre no dia 10 de agosto às dez da noite. Convidados.
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A exposição abre no dia 10 de agosto às dez da noite. Convidados.
quinta-feira, 2 de agosto de 2018
MAS NÃO VIRAM MAIS O POETA | José Afonso nasceu há 89 anos. Morreu com 57 em 1987. Assinalo sempre estas duas datas porque acho importante salientar a existência de um português que viveu com os pés neste mundo. Desde cedo que tentei encontrar também um mundo onde me sentisse bem. José Afonso apontou-me um caminho — Respeito pelo que existe, exigência na observação, solidariedade na acção. Mudou o mundo da cultura em Portugal. Passámos a ter orgulho na cultura portuguesa a partir dele. Dele e de Fernando Pessoa, que era poeta da sua estima. O melhor de Portugal passou a estar a par do que ele fazia. Transformou melodias populares em grandes músicas. Reinventou sonoridades. Manteve atitudes. Teve ideias e praticou-as. Foi corajoso. José Afonso não foi um cantor popular, lamento não estar de acordo com os classificadores. João de Freitas Branco inscrevia-o nas mais altas definições, ameaçando perder o respeito pelos tais classificadores. Eu acho que José Afonso se inscreve em outras definições, de facto. O experimentalismo e a procura de novas sonoridades fazem mais jus às preocupações do autor. Ouço José Afonso — faço-o muito — e associo-o mais aos desenvolvimentos performativos de Laurie Anderson, do que aos desempenhos ditos populares. Outros exemplos poderia procurar, mas guardo a conversa para uma ideia que me persegue: um dia discutir isto com autores contemporâneos. Tentei fazê-lo em fevereiro passado. Desafiei Carlos Martins e Filipe Raposo para o debate. Eles aceitaram o desafio, mas tinham a agenda preenchida. Para o próximo ano não falha. Vou tentar juntar ao grupo Rui Vieira Nery e vai ser num Muito cá de casa na Casa Da Cultura | Setúbal. Foi bom termos tido José Afonso entre nós. Foi melhor ainda tê-lo conhecido. E continua a ser muito bom ouvi-lo.
O vídeo adicionado a esta música é da autoria de Eurico Coelho
quarta-feira, 1 de agosto de 2018
A UTILIDADE DE UMA CADEIRA | Caiu da cadeira. Até aí exerceu o poder com a autoridade dos iluminados. Achava-se um predestinado. Mandou prender e matar quem não queria o que ele queria. Não enriqueceu? E então, isso perdoa o quê? Roubou aos portugueses a liberdade de serem felizes. Manteve-os analfabetos até não poder mais. Ensiná-los a ler para quê?, defendia. Impôs a escuridão cultural. Cultivou a pobreza como um dom, mas entregou poderes e riquezas a quem alinhou com ele. Este grande filho da puta caiu da cadeira faz hoje cinquenta anos.
Na imagem com o filho da puta aqui do lado.
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Na imagem com o filho da puta aqui do lado.
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