MANUEL REIS | Lembro-me do Manel ainda na Rua da Atalaia: na loja que usou o nome da rua e no Frágil. Lembro-me de como mudou as nossas noites. De como as iluminou. O Manuel Reis era também um excelente cenógrafo. Lembro-me de um impressionante cenário que desenhou para uma peça de que não me lembro de mais nada, e tenho pena. Lembro-me de quando foi mudar Santa Apolónia. Eu estava no gabinete de imagem da Expo'98 e fiquei de tratar do grafismo dos convites e roteiro para a inauguração do Lux Frágil. Fiz isso e passei a andar por lá sempre que a vontade de diversão me passava pela cabeça e pelo corpo. Foram muitas vezes. Muitas noites ganhas naquele lugar criado por ele. Esta morte deixa-me triste e nostálgico. Eu gostava muito do Manel. Muito obrigado, meu amigo. Lisboa deve-te muito. As nossas vidas também. Fizeste das nossas noites dias claros.
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