EGO, MENTIRAS E POLÍTICA | Passos Coelho já lembrou que não vem mal nenhum ao mundo mesmo que o seu partido não seja o mais votado nas eleições de domingo. De acordo. Eleições regionais não são eleições nacionais. E é natural que o líder do partido que muito se esforça por não ir por aí abaixo, assobie para o lado perante o desaire eleitoral que se avizinha. Mas podemos trocar umas ideias sobre o assunto? É rápido.
Oeiras é um problema que deveria ser levado mais a sério por Passos. Loures também, é claro. A deriva oportunista que o arrasta para o lodo da extrema-direita não é politicamente saudável. Nem a ajuda de Rui Ramos, no Observador, tentando disfarçar o evidente pendor racista do candidato Ventura em Loures, vai limpar a porcaria que já foi atirada para a ventoinha. A delinquência é transversal ao ser humano. O estado de direito está cá para resolver problemas pontuais. Mesmo os mais bicudos. Ramos tenta contar outra história, mas é o conto da carochinha que lhe sai da crónica.
Oeiras e Loures vêm-nos alertar para comportamentos pouco republicanos mas possíveis em democracia: "o homem rouba, mas faz" e "o homem diz o que o nosso povo quer ouvir". Condutas pouco sérias são recompensadas pelo elogio de um "mérito" pessoal e intransmissível. Não sei se isto se chama populismo ou se pode inscrever-se num certo liberalismo de trazer à trela, mas é sempre mau. Isaltino começou a dar os primeiros passos e cresceu no partido de Passos, Cavaco, Santana Lopes e Marques Mendes. Agora caminha sozinho e faz voz grossa. Ventura começa agora a gatinhar mas, birrento, berra e esbraceja. Estas duas experiências podem revelar, na minha opinião, males maiores da nossa democracia. Exemplos? Isaltino ganha, logo não ganha o melhor, mas sim o pior que a democracia permite. É mau, mas parece que vai acontecer. Ventura tem um resultado menos mau. Perdem a república e a democracia tal como as entendemos e desejamos. O líder do PPD/PSD fica assim com o menino nos braços. Rapazola insuportavelmente malcriado e alarve. Atenção: não estou a colocar a hipótese de vitória. Lagarto, lagarto. Crescimento eleitoral é suficiente para o reconhecimento da arrogância serôdia
O egocentrismo dos praticantes políticos da direita nunca leva a direita a bom porto. E a democracia também não sai ilesa da experiência laboratorial. Pode não vir grande mal ao mundo com os resultados de domingo. Mas o mundo de Passos vai ficar pior. Muito pior.
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Oeiras é um problema que deveria ser levado mais a sério por Passos. Loures também, é claro. A deriva oportunista que o arrasta para o lodo da extrema-direita não é politicamente saudável. Nem a ajuda de Rui Ramos, no Observador, tentando disfarçar o evidente pendor racista do candidato Ventura em Loures, vai limpar a porcaria que já foi atirada para a ventoinha. A delinquência é transversal ao ser humano. O estado de direito está cá para resolver problemas pontuais. Mesmo os mais bicudos. Ramos tenta contar outra história, mas é o conto da carochinha que lhe sai da crónica.
Oeiras e Loures vêm-nos alertar para comportamentos pouco republicanos mas possíveis em democracia: "o homem rouba, mas faz" e "o homem diz o que o nosso povo quer ouvir". Condutas pouco sérias são recompensadas pelo elogio de um "mérito" pessoal e intransmissível. Não sei se isto se chama populismo ou se pode inscrever-se num certo liberalismo de trazer à trela, mas é sempre mau. Isaltino começou a dar os primeiros passos e cresceu no partido de Passos, Cavaco, Santana Lopes e Marques Mendes. Agora caminha sozinho e faz voz grossa. Ventura começa agora a gatinhar mas, birrento, berra e esbraceja. Estas duas experiências podem revelar, na minha opinião, males maiores da nossa democracia. Exemplos? Isaltino ganha, logo não ganha o melhor, mas sim o pior que a democracia permite. É mau, mas parece que vai acontecer. Ventura tem um resultado menos mau. Perdem a república e a democracia tal como as entendemos e desejamos. O líder do PPD/PSD fica assim com o menino nos braços. Rapazola insuportavelmente malcriado e alarve. Atenção: não estou a colocar a hipótese de vitória. Lagarto, lagarto. Crescimento eleitoral é suficiente para o reconhecimento da arrogância serôdia
O egocentrismo dos praticantes políticos da direita nunca leva a direita a bom porto. E a democracia também não sai ilesa da experiência laboratorial. Pode não vir grande mal ao mundo com os resultados de domingo. Mas o mundo de Passos vai ficar pior. Muito pior.