VER AO LONGE | É este o título da exposição de André Carrilho, a inaugurar hoje à meia-noite — é para começar o mês de junho em beleza — na Casa Da Cultura | Setúbal. Integra-se na Festa da ilustração que vai alastrar por toda a cidade. Venham daí. É preciso festejar o que melhor se faz cá no burgo. 
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E BASTÕES ORNAMENTADOS EM MACRAMÉ, NÃO HÁ? | Não há é paciência. Mesmo.
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É PRECISO FAZER UM DESENHO? É? Então é assim: o mais internacional dos ilustradores internacionais vai estar, em grande exposição na Casa Da Cultura | Setúbal, integrado na Festa da Ilustração que vai animar toda a cidade. O André vai estar lá a conviver com a malta a partir da meia noite de domingo, dia 31 de maio. Vai ser o reveillon da ilustração. Durante todo o mês de junho Setúbal vai ser a Capital da Ilustração no mundo. A sério. Nós sabemos a importância que a ilustração tem na economia mundial. É só fazer um desenho. Venham daí.
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REDUÇÕES E AJUSTAMENTOS, LDA. | É preciso cortar mais umas coisinhas. Há reduções a fazer nas reformas. E nos ordenados. Mas é demagogia prometer redução de impostos. Também é preciso reduzir as prestações dos bancos. São eles que "alavancam" a economia. E a economia é que faz andar o país. Um pais reduzido a uma existência barata e mal paga. Um país sem esperança. Está tudo certo. Não há aqui pitada de surpresa. Só mesmo na inabilidade do discurso. É que foi para isto que estes ajustadores de vão de escada foram eleitos. São ditames internacionais. Quem votou nesta empresa não sabia? Problema deles. E nosso.
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A CASA | Falámos da casa do poeta. Dos livros guardados na casa. Dos gatos que lá moraram. A casa como maneira de perceber o mundo. O nosso mundo. Com pacatez. Com inteligência. Com cultura. Muita. Manuel António Pina teria gostado de ter estado ali connosco. Foi um bonito serão, este serão. Obrigado à Inês Fonseca Santos e à Rosa Azevedo. E muito obrigado aos que participaram. A vossa presença é fundamental. Todos juntos somos Muito cá de casa. 
Fotografias: Julien Valente.
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AMOR COMO EM CASA
Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade, 
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa. 

Manuel António Pina. 
"Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde".

MUITO CÁ DE CASA | É hoje que Inês Fonseca Santos vem conversar connosco sobre Manuel António Pina. Vai haver cinema e tudo. E conversa, muita e saborosa conversa. Tudo a preceito, como nos habituaram as sessões na Casa Da Cultura | Setúbal. É à noite. Apareçam. Quem não aparece... Esquece. 
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O IDIOMA DOS IMBECIS | Palmira é nome de património classificado. Não entenderemos o presente, nem poderemos projectar futuros, se não percebermos o passado. Um grupo de imbecis não pensa nada assim. O passado que vale é definido por eles, os imbecis. Tudo o resto é para destruir. Não deve existir civilização que não caiba nos limites das suas reduzidas cabecinhas. A esta hora já devem ir a caminho do motivo de ódio, munidos dos apetrechos agressores que tudo deitarão por terra. É a razão do fundamentalismo religioso. É a linguagem dos imbecis.
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DESIGN | Vale a pena ver e perceber o trabalho de Marco Sousa Santos.

EVOCAR UM GRANDE POETA | Regressar a Casa com Manuel António Pina é um objecto composto por paredes, portas e escadas, que se podem abrir e fechar, subir e descer, consoante o plano em que se quiser posicionar quem por aqui passar. São ainda as paredes, as portas e as escadas da casa que Manuel António Pina abriu para uma conversa com Inês Fonseca Santos e Pedro Macedo e as da obra que construiu para o leitor habitar. Reúne, por isso, uma entrevista ao escritor, um ensaio sobre a sua obra poética e uma curta-metragem documental sobre o tema da casa. 
Inês Fonseca Santos vai estar à conversa com Rosa Azevedo. Mas todos podemos conversar com a escritora. Falar sobre Manuel António Pina com quem tão bem o conheceu é um privilégio. É já na próxima sexta-feira, na Casa Da Cultura | Setúbal. Convidados.
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DELINQUENTES FARDADOS | Sempre que há uma atitude violenta por parte da polícia surge logo, dos confins da moralidade serôdia e marada, o exército do "puseram-se a jeito". Como se uma polícia contemporânea, ao serviço da democracia, pudesse arrear até criar bicho. Percebi que quem chegou a roupa ao pêlo a um pai e a um avô, com a prole a assistir, durante a festança benfiquista, não foi responsabilizado pelo desprezível acto. Quem aquilo fez nunca mais deveria vestir uma farda. Quem cometeu aquela violência deveria estar com a farda de um hospício que lhe fornecesse conceitos de humanidade. Entretanto... ala que se faz tarde. Esta gente não prestigia a polícia, nem a ministra da dita, nem o país Portugal. As cargas de porrada não prestigiam ninguém. São atitudes trogloditas, cometidas por trogloditas. Ponto.
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TODA A NUDEZ SERÁ CASTIGADA | A ultra-conservadora estação de televisão americana FOX 5, deu a notícia da venda mais cara de uma pintura até hoje feita em leilão. O quadro é de Pablo Picasso e o pintor chamou-lhe "As Mulheres de Argel". A quantia é obscena, mesmo tratando-se de um quadro do artista espanhol. Mas os responsáveis do canal encontraram na representação artística obscenidade maior: há por ali maminhas a mais. E toda a gente sabe o quão realistas são os quadros de Picasso. Aquilo não podia ser visto assim em televisão. E as crianças? E os crentes mais crentes? Temos que respeitar os pudores de cada um. Pelo sim pelo não coloquei na página do facebook o quadro já devidamente censurado. Não vá acontecer ser denunciado por exibição de nudez. Todo o cuidado é pouco. E o respeitinho é muito bonito.
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PARABÉNS À PRIMA | Isto foi uma festa de aniversário? Um encontro informal de amigos? Uma apresentação de uma candidatura? Uma homenagem a um veterano da estratégia política? Ah, percebi, foi um fim de tarde divertido. Porreiro. Ainda bem que se divertem uns com os outros. Eu agora vou até ali ao site do banco pagar o IVA. O que eu me divirto com a minha actividade social e política.
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HÁ VIDA PARA ALÉM DISTO | Pois é, o PS cresce pouco. Mas os resultados da esquerda inteirinha mandavam a indigesta coligação direitinha para o esgoto de onde saiu. O problema é que as esquerdas não vão em ajuntamentos. Têm vida própria muito intensa.Têm mais que fazer, do que perder tempo com coisinhas sem importância nenhuma. 
FONTE EXPRESSO
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Desligaram a televisão. O presidente tinha acabado de apelar ao bom senso. 
No mapa da memória, através do qual navegamos na vida, encontram-se sons, ladainhas de preceitos, verdades feitas, verdades desfeitas, aromas de certezas, tons de dúvidas.
O bom senso reprimiu os canhotos e os sonhadores; apoucou os melancólicos e condenou os poetas; riu dos solidários, apodando-os de trouxas, e elegeu espertalhões de palavras fáceis; o bom senso jogou connosco à cabra cega, meteu-nos no labirinto das certezas, apresentou-nos inevitabilidades; o bom senso não quer cá confusões nem complexidades, simplifica, generaliza, deifica o que já é e o que está. desconfiando do que há-de vir.
Alice Brito O DIA EM QUE ESTALINE ENCONTROU PICASSO NA BIBLIOTECA

Na DDLX tivemos o gosto de "embrulhar" este volume que agora se apresenta aos leitores, tal como já tinha acontecido com AS MULHERES DA FONTE NOVA, o anterior livro de Alice.
O lançamento é hoje, quarta-feira, às 18:30 horas, na FNAC-CHIADO.
Apresentação por Helena Vasconcelos e Alfredo Barroso. Até já.
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PRÉMIO CAMILO CASTELO BRANCO 2015 | Uma grande escritora recebe um merecido prémio. Parabéns, Hélia Correia. 
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ÚLTIMA HORA | Passos Coelho tem uma biografia. Não acreditam? Eu também não acreditava. Mas já vi o livro numa livraria. Existe mesmo! É uma biografia e pêras. Com gravata e tudo.
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COM AS MINHAS TAMANQUINHAS | E lá fomos, nas nossas tamanquinhas, ver os trabalhos do João de Azevedo na Casa Da Cultura | Setúbal. Vieram amigos que trouxeram outros amigos. Veio muita gente. Ouviu-se a música que motivou tudo isto. Beberam-se uns copos. Celebrámos a amizade. Sem lamechices. Há lá lamechices na música de José Afonso? Há lá palermices na pintura de João de Azevedo? Foi uma festa bonita. Como merecemos.
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COM AS MINHAS TAMANQUINHAS | A exposição de João de Azevedoabre hoje na galeria da  Casa Da Cultura | Setúbal. O desafio lançado ao artista, de "agarrar" na capa que fez para o disco de José Afonso e desenvolver o trabalho gráfico, foi cumprido. A exposição é uma festa para os olhos. Ontem, durante a montagem, fomos surpreendidos pela grata presença de Zélia Afonso, que assim veio mostrar o seu agrado pela iniciativa. Gostou do que viu. E nós gostámos de a ter entre nós. Também vamos gostar de vos ver logo à noite por cá. Vamos olhar o trabalho do João de Azevedo e ouvir a música de José Afonso. E conviver, é claro. Que estas inaugurações não são para mostrar a gravata nova. São para a gente gostar do que vê, do que ouve e de quem está para ver e ouvir. Apareçam. 
Fotografias de Miguel Filipe
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IDENTIFICAÇÃO DA FESTA DA ILUSTRAÇÃO | Vamos ilustrar Setúbal. Vamos ilustrar o mundo. Ilustradores com histórias para contar, vão aqui mostrar as suas histórias. Vão mostrar-nos os seus desenhos que são histórias. E as histórias que têm para contar são as histórias do mundo. Com muito mundo lá dentro. Porque esta festa da ilustração é isto: a vida das pessoas e a vida que as rodeia riscadas com inteligência, humor e com muita vontade de estar com elas. 
É preciso fazer um desenho?
É muito bom fazer desenhos. Vamos sentir esse prazer e esse saber. Vamos ilustrar os nossos dias com os trabalhos de quem os faz como ofício e de quem os quer muito fazer.
Vão estar expostos em Setúbal trabalhos de André Carrilho, de Lima de Freitas, de Maria Keil, de João Abel Manta, de Manuel João Vieira, de alunos das escolas de artes, de alunos de artes das escolas do Concelho. Também por cá vão estar os mais destacados ilustradores da actualidade, integrados em colectivas que vão existir por toda a cidade. O programa detalhado estará ao dispor dos interessados durante a última semana de Maio. É claro que o João Paulo Cotrim está metido nisto. Até já.
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A VIDA DOS OUTROS | O que Passos Coelho disse de Dias Loureiro fez furor por aí. O que Passos fez, faz e diz só se leva a sério porque ele é primeiro-ministro. Infelizmente. O que ele fez profissionalmente anda próximo do estilo empresarial de Dias Loureiro. O sucesso empresarial deste estilo de "empreendedores" deve-se ao "safe-se quem puder". Ir ao pote faz parte da estratégia. Elogiar Loureiro faz todo o sentido. É a medíocre vidinha lá deles. Aguarda-se o justo reconhecimento a Oliveira e Costa, Duarte Lima e Miguel Relvas. Tudo empresários de alto gabarito. Deveria fazê-lo durante a campanha eleitoral. Para as coisas ficarem bem esclarecidas.
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TUDO BONS RAPAZES | Se Passos Coelho passar a elogiar a capacidade empreendedora e o sucesso empresarial de todos os seus amigos cada vez que passar na terra de um deles, vai passar os próximos meses nesse trabalhinho. É que amigos com sucesso não lhe faltam.
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APOLOGIA DA DIFERENÇA | Há um primeiro dia de um mês que é diferente de outros primeiros dias de outros meses. E é diferente dos outros dias todos porque é o dia das pessoas que querem dias diferentes. E coisas diferentes para a vida delas.
É com essas pessoas que vou estar hoje.
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