domingo, 29 de março de 2015

MARIANA MORTÁGUA | É desde o princípio uma deputada séria e bem documentada. Agora é a imprensa lá de fora que o reconhece. O caso BES puxou-a para a ribalta. Há pouco tempo, no parlamento, também deu uma pequena lição de introdução à política a Pires de Lima. O ministro ajavardou com aquele ar de gozo labrego que tão bem lhe assenta na pele. Mariana pôs ordem naquilo. Para determinadas atitudes económicas deve haver referendo. Para políticas de direitos de género, não. Há coisas que eles não sabem. E não ligam muito a direitos constitucionais e assim. Só maçadas.
Eleita pelo BE, não se adivinha necessidade de ali estar para subir na hierarquia do sistema. Está ali porque entende que a política é importante para a vida das pessoas. Está ali porque quer fazer política a sério. Sem complexos populistas. Sem rodeios manhosos. 
Ao invés deste exemplo temos o do Presidente da República. Ainda ontem disse, com todos os dentes que tem na boca, que as disputas politico-partidárias nunca criaram nenhum emprego. O desprezo pela política continua. Parece que ninguém lhe perguntou onde é que arranjou os empregos que tem tido desde que, há muitos anos, fez a rodagem do carro no caminho para o congresso do seu partido na Figueira da foz. Alguém lhe devia perguntar. É que os políticos não são todos iguais.
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