Alinhei as palavras que se seguem para o catálogo da exposição de José Mouga na Casa Da Cultura | Setúbal. Coloco aqui também algumas imagens de trabalhos do artista de diferentes fases. Conversaremos com José Mouga na próxima sexta-feira, dia 21, a partir das 22 horas. Lá estaremos, eu e o Manuel Augusto Araujo para darmos corda ao debate. Apareçam.
ALEGRES CIPRESTES | Se me pedissem para escolher uma música ou um grupo musical para acompanhar a pintura de José Mouga, inclinava-me para os Penguin Cafe Orchestra. O percurso do pintor não acompanha estilos ou modas. Não se enquadra em escolas ou grupos. Nada contra os alinhamentos. As rotinas são necessárias. Mas não é disciplina que se inscreva no seu caderno de capa preta. Adivinha-se nestes trabalhos a preocupação de não estar calado. De contar o que se passou ali mesmo ao lado. De mostrar trilhos percorridos. É por isso que a pintura de Mouga é como a música do grupo de Simon Jeffes. Sem enquadramento que permita uma classificação.
Conheço-lhe o percurso desde os tempos do abstracto. Percebi o caminho para uma tímida figuração. E surpreendo-me com este novo trabalho. Estes ciprestes foram companheiros do artista e seus cúmplices.
Rui Mário Gonçalves tentou perceber o que se passou. Escreveu elogiosa opinião sobre a pintura de José Mouga. Na publicação que será apresentada para esta exposição será incluído um dos seus textos. Aliás, decidimos que esta mostra fosse também uma homenagem ao crítico e historiador de arte que recentemente nos deixou. É o nosso obrigado a quem tão bem entendeu a Arte Portuguesa.
Setúbal recebe o pintor José Mouga, na Casa da Cultura, com estes trabalhos que revelam a nova fase do artista. Chamou-lhes Notas de Viagem.
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