segunda-feira, 28 de outubro de 2013

CONVERSA DE SACRISTIAPolicarpo foi chefe máximo da Igreja Católica cá na paróquia. Mesmo nesse tempo, nunca escondeu opiniões pouco solidárias com os que carregam o fardo da austeridade. Agora, retirado dos salões do poder eclesiástico, mas instalado em mordomias nada austeras, resolveu defender o programa da troika que instala o povo cristão no desespero. Entra na política pela porta da direita dos privilégios. Não destoa de uma igreja que o actual Papa não aprecia. Mas é a igreja dele. A política do caminho único assenta-lhe como uma luva. Provavelmente quer outra vida.Talvez capelão do Banco Central Europeu. Ou mesmo da Troika completa. Não lhe faltaria serviço. Com o mal que fazem a populações inteiras, bem precisam de conforto espiritual permanente e competente. Já que competência não é conta do rosário dos troika-tintas.
facebook