quinta-feira, 5 de setembro de 2013

FADO DO MATRIMÓNIO | Acho que era um mimo mais ou menos assim: "Entre marido e mulher não metas nunca a colher". A agressão justificava-se porque a mulher era propriedade do homem. E é claro que nós estamos autorizados para destruir o que é nosso. Qualquer criança pode desancar um power ranger se estiver para aí virada. Recentemente, uma juíza, num tribunal, não considerou crime umas traulitadas que um marido aplicou na sua mulher. Claro que agressão será sempre crime, mas nunca na relação entre marido e mulher. Lá está: não metas a colherEu até acho que no final da sessão judicial deveria ter sido chamado ao estrado um fadista para cantar aquele fado que termina neste tom: "E se algum dia mentir ou trair / podes bater / bates no que é teu". Fechava a sentença em beleza. Temos razões para ter toda a confiança na Justiça Portuguesa. A defesa da propriedade privada está assegurada.
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