TEATRO E ANIMAÇÃO | Carlos César fazia anos hoje, diz a Isabel Ganilho, no seu mural do facebook. A Isabel começou a trabalhar com ele logo nos primeiros tempos do TAS. Foi um mestre para aquela canalhada que queria saltar nos estrados. Conheci o César, a Isabel, o Buda, o Pompeu, o Nuno, a Mena, o António Piçarra, o João Carlos, a Manuela Couto, a Cristina Cavalinhos, o António Rosa, o Carlos Curto, o Asdrúbal, o João Victor, e o João Manuel no tempo em que este último me convidou para fazer a estética da peça O Juiz da Beira, de Gil Vicente. O juiz era o Carlos Rodrigues (Manel Bola), mas esse eu já conhecia de outras andanças. O César era, para além de actor e encenador, um animador irrequieto. Tudo fazia para que os seus projectos fossem recompensados. Viajei com ele algumas vezes de autocarro, de Setúbal para Lisboa. Conversávamos imenso. Nem sempre estávamos de acordo. Uma vez fomos de carro. Dei-lhe boleia. Ele ia para a Gulbenkian. Deixei-o na Avenida de Berna. Quando chegou disse-me: "és casmurro. A vida não é como a gente quer". Tal foi a discussão. Hoje continuo com a minha. Mas apetecia-me continuar a discussão com o César. Não pode ser. Muito obrigado por tudo: pela tua vida, que foi um grande teatro.
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