quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

SEXO, MENTIRAS E VOTOS | Itália teve que escolher entre um tarado sexual em fim de carreira, um homem de confiança de Merkel e dos mercados, um unificador de umas determinadas esquerdas e um contador de anedotas. Isto tinha que dar anedota. O tarado quase voltou à arena. O palhaço foi levado a sério. E os da esquerda faz-de-conta acabaram por ter mais votos. Agora fala-se em ingovernabilidade. Isso existe? Não. Muito menos em Itália, onde os governos chegam a durar o tempo de vida de um insecto. Não é a ingovernabilidade que assusta os italianos: é o neoliberalismo desenfreado que quer dominar Italia, Portugal, Grécia e o mundo todo. Monti foi com os cães. A sua imposição nada democrática não caiu bem no eleitorado. Até o milionário tarado é mais popular do que o representante de Merkel e companhia. Logo que as vossas políticas são postas às claras, as pessoas - pessoas, gente, sabem o que é? - não vos quer a governar. Percebem isso, Passos, Gaspar, Portas e Relvas? É a política, estúpidos.