Passos tem os recordes do aumento da dívida nesta década.
Jornal de negócios
SEREMOS MUITOS, SEREMOS ALGUÉM | O problema maior não é o que ele prometeu antes de ganhar as eleições. Ele sabia perfeitamente o que estava a preparar. Todos os níveis de desemprego estavam previstos por esta mente brilhante. As insolvências de pequenas empresas, principais empregadoras de portugueses, também não lhe tiram o sono. O homem dorme descansado. É ele próprio quem o diz. E a dívida pública vem por arrasto. Esta notável cabecinha prometeu todas as correcções. Falou em acabar com o despesismo público e mais um par de botas. Houve quem acreditasse que era mesmo assim. Há gente que ainda acredita no pai natal. O problema está nestes políticos que insistem em que só há um caminho: o da entrega da economia às grandes empresas, aos grandes especuladores e a agiotas sem rosto. O problema é sermos governados por estes esforçados neoliberais, aliados do capitalismo mais que selvagem. Alguns já admitiram erros pontuais. Estão a sair da embarcação. Mas estes, os que insistem em governar sem políticas que pensem nas pessoas, insistem no erro apoiados por uma coisa a que se convencionou chamar troika. Estão bem uns para os outros. É esta tropa fandanga que nos desemprega, tira o sustento, o sono. Eles têm uma solução para o nosso problema: esperam que comecemos a morrer. Teremos que morrer muitos, é certo, mas é uma solução. A dívida pública é corrigida, os apoios sociais vão sendo atenuados. As multinacionais vão recuperando a economia. A chatice maior é a democracia. Era tão bom que ficássemos calados. No Chile de Pinochet a coisa correu melhor. Aqui há quem não espere quatro anos para dizer o que pensa. No próximo dia 2 de Março vamos dizer-lhes como elas lhes mordem. Seremos muitos. Seremos alguém. Para grandes males, grandes remédios.
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SEREMOS MUITOS, SEREMOS ALGUÉM | O problema maior não é o que ele prometeu antes de ganhar as eleições. Ele sabia perfeitamente o que estava a preparar. Todos os níveis de desemprego estavam previstos por esta mente brilhante. As insolvências de pequenas empresas, principais empregadoras de portugueses, também não lhe tiram o sono. O homem dorme descansado. É ele próprio quem o diz. E a dívida pública vem por arrasto. Esta notável cabecinha prometeu todas as correcções. Falou em acabar com o despesismo público e mais um par de botas. Houve quem acreditasse que era mesmo assim. Há gente que ainda acredita no pai natal. O problema está nestes políticos que insistem em que só há um caminho: o da entrega da economia às grandes empresas, aos grandes especuladores e a agiotas sem rosto. O problema é sermos governados por estes esforçados neoliberais, aliados do capitalismo mais que selvagem. Alguns já admitiram erros pontuais. Estão a sair da embarcação. Mas estes, os que insistem em governar sem políticas que pensem nas pessoas, insistem no erro apoiados por uma coisa a que se convencionou chamar troika. Estão bem uns para os outros. É esta tropa fandanga que nos desemprega, tira o sustento, o sono. Eles têm uma solução para o nosso problema: esperam que comecemos a morrer. Teremos que morrer muitos, é certo, mas é uma solução. A dívida pública é corrigida, os apoios sociais vão sendo atenuados. As multinacionais vão recuperando a economia. A chatice maior é a democracia. Era tão bom que ficássemos calados. No Chile de Pinochet a coisa correu melhor. Aqui há quem não espere quatro anos para dizer o que pensa. No próximo dia 2 de Março vamos dizer-lhes como elas lhes mordem. Seremos muitos. Seremos alguém. Para grandes males, grandes remédios.