quinta-feira, 29 de novembro de 2012


OS DIAS DO PAI NATAL |  | Este senhor fala como se fossemos todos pequeninos e mal comportados. Estamos todos muito mal habituados. Temos que ser pobrezinhos e honrados. E ficar caladinhos. Fartámo-nos de gastar para além das nossas possibilidades. Fomos uns gastadores em sopas, bifes, aparelhos domésticos, pão caseiro, bolos, jornais, brinquedos para os putos, arroz, massa, livros, café, vinho, papel higiénico e outros luxos supérfulos. Isto enquanto outros portugueses, mais esclarecidos, gastaram o seu dinheiro e o dos Bancos em produtos de excelência causadores de um esdrúxulo desenvolvimento económico como carros de grande cilindrada, Casas chaias de sol e quentinhas, casas de férias fresquinhas, amantes boas como o milho, viagens de sonho, e outras generosas mordomias. Este senhor decidiu que agora todos temos que pagar as despesas da festa. Somos todos culpados: os que comeram sopas e bifes como se não houvesse amanhã, e os que comeram e fizeram o que lhes apeteceu tivessem dinheiro ou não. Para que servem os Bancos? Mas este senhor é um iluminado. Acredita que podemos pagar dívidas mesmo sem ganhar dinheiro. E devemos pagar os impostos mesmo sem cheta. É um esforço que fará crescer as empresas grandes e anular as pequenas. Empresas pequenas para quê? Para meter nojo? Os grandes empresários é que sabem o que nos faz felizes. São os grandes empresários que vão fazer crescer a economia. A deles, é claro. Este senhor acredita em milagres. Provavelmente acredita no Pai Natal. Abençoado.
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