terça-feira, 27 de novembro de 2012

A DÚVIDA | Nos próximos dias colocarei aqui na montra electrónica os livros que fui lendo ao longo deste ano que se despede. Ano que não deixa saudades, mas que parece não ter sido dos piores, segundo todas as previsões. Já lá vai o tempo em que o que estava para vir era embalado pela esperança. Agora desejamos que o futuro seja menos mau. Passemos à frente. A Literatura sempre interpretou as vivências e os conflitos interiores que atormentam o Ser Humano, mas que também o fazem sonhar. A Literatura melhora a realidade. Confere-lhe mais humanidade. De entre todos os escritores que me ajudaram a passar os dias deste ano, destaco Sándor Márai. Desde As Velas Ardem até ao Fim que este senhor não me larga. A Dom Quixote tem vindo a publicar outros trabalhos seus: A Herança de Eszter, A Mulher Certa, Rebeldes, Divórcio em Buda, A Ilha. Todos estes livros são literatura maior. Grande. A Ilha foi o que mais recentemente me passou pelos óculos. A dúvida, a incerteza nos  relacionamentos amorosos, a curiosidade na busca do desconhecido, a ameaça da solidão, povoam as 155 páginas desta viagem a uma intrigante ilha grega. Viagem que é uma incursão pelos trilhos da existência humana. Uma preciosidade da literatura contemporânea, passada a letra de forma em 1934. 
São assim, eternos, os grandes livros.

Título: A Ilha
Autor: Sándor Márai
Tradução do húngaro: Piroska Felkai
Revisão de tradução e linguística: Clara Boléo
Capa: Joana Tordo
Edição: Cecília Andrade | DOM QUIXOTE
facebook