domingo, 28 de outubro de 2012

A INVENÇÃO DO ROMANCE | Usam palavras avulsas para ilustrar os seus comportamentos. Portas, a abrir, em longo discurso, fala em coesão, estabilidade e nas "palavras amigas" da directora do FMI. As palavras amigas de quem está fora são um alívio para as  nossas privações. Adiante. Gaspar é mais para o desportista. Diz que estamos numa maratona. Assegura que já percorremos 27 quilómetros. Será que desta vez acertou na contagem? Seja como for ele corre, corre como um louco no sentido da meta. Para Paula Teixeira da Cruz, a faixa da meta tem inscrita a palavra Esperança, E usa o auto-elogio como desporto pessoal: há mudanças na área da Justiça. Como se ninguém tivesse dado por isso ainda, lá lembrou que estas coisas não têm efeitos imediatos. Também falou no exemplo que devem dar os políticos, tendo a seu lado, sentado à mesa da prelecção, esse esdrúxulo  exemplo da correcção e exigência que responde por Miguel Relvas. O prestável Aguiar Branco, veio dar uma ajudinha a Gaspar na sua maratona - diz que tem lá no ministério rações de combate para o caminho. Finalmente surge Passos. O mais hábil utilizador das palavras. Balelas fora, falou em "refundação" do acordo com a troika. A palavra é forte. Mas o homem não adiantou nada mais à premissa. Será uma  "palavra amiga"? Vindo de quem vem, todo o cuidado é pouco. Correr com esta gente é a única forma de fundarmos de novo a esperança. O nosso bornal já está a transbordar de rações de combate, não é verdade?