sexta-feira, 13 de julho de 2012



AUTENTICIDADE E CONTEMPORANEIDADE | Auditório da Casa da Baía a abarrotar de gente. Ana Maria Pereirinha, editora, partilhou o fascínio de editar uma primeira obra com esta qualidade. A presidente da Câmara, Maria das Dores Meira, esteve presente, representando assim o reconhecimento da cidade. As palavras de Helena Vasconcelos e Fernando Dacosta interpretaram o livro, colocando-o no ambiente e no tempo de uma cidade banhada de sofrimento, mas também de alegria e vontade de ultrapassar adversidades impostas por quem sempre preferiu retrocessos. Helena Vasconcelos referiu essas tramas dramáticas com a competência que lhe advém do olhar atento ao mundo das mulheres que insistem em não ser bugiganga ornamental - como muito bem testemunha o seu mais recente e notável ensaio "Humilhação e Glória", publicado pela Quetzal. Dacosta falou da autenticidade da obra de arte, maneira mais distinta de colocar a cultura de um lugar no patamar da universalidade. Este trabalho de Alice Brito resulta destes factores: uma obra ficcionada que interpreta vivências a que não queremos voltar, mas que, por isso mesmo, importa recordar. É a memória que nos permite sermos contemporâneos competentes. Este livro está carregado de autenticidade e contemporaneidade. A mais não se pode obrigar quem quer viver no seu tempo, e se dispõe a contar os enleios passados pelos responsáveis pela nossa existência. Este livro é para ser lido.

Título: As Mulheres da Fonte Nova
Autora: Alice Brito
Design da capa e fotografia da autora: José Teófilo Duarte com João Silva - www.ddlx.pt
Revisão: Fernanda Fonseca
Edição: Planeta - Ana Maria Pereirinha

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