quinta-feira, 14 de junho de 2012

A VIDA DOS OUTROS | Há coisas que acontecem nestes tempos de liberdade e globalização que parecem dar razão a Rob Riemen e ao seu Eterno Retorno do Fascismo: Achar que a mulher de Hollande deve pensar pela cabeça do marido, já não deveria lembrar ao mais empedernido reaccionário. Fazer disso facto político só pode lembrar ao mais sensacionalista ou mal intencionado fazedor de opinião. Esta ideia de que as ideias se controlam por via conjugal é completamente troglodita, mas parece que convive em cabeças que querem fazer crer que é assim que deve ser. Não defendo a norma sexista que sugere: entre marido e mulher não metas a colher. Mas também não entendo esta necessidade de se meter o bedelho nas ideias das pessoas como se tivessem de ser propriedade intelectual do cônjuge. Ok, falamos de um caso que implica o presidente de um país poderoso. E daí? O que é que a gente tem a ver com a vida dos outros?
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