sábado, 30 de junho de 2012


A MULHER DA FONTE NOVA | O extraordinário poeta Miguel de Castro, no seu OS SONETOS, que tive o privilégio de editar na Estuário, termina um dos belíssimos poemas desse livro com o verso "Ah! Como eu gosto de comer sardinhas!". Sobre o poeta falaremos um dia destes. Mas este verso veio aqui parar por mor de uma das minhas actividades preferidas de verão: comer sardinhas. E que sardinhas eu como aos fins de semana naquela terra que é a pior de Portugal. É na Fonte Nova que se dá o evento. E são os meus amigos Rui, ao leme no assador, e Cecília Martinez (Cilinha), nas honras da casa, perdão, esplanada, que me permitem a comedoria. Este ano a coisa melhorou substancialmente: O equipamento técnico assador - vulgo fogareiros - foi agrupado, em modo comunitário, no centro da praça, em muito interessante intervenção de arquitectura e engenharia. Um eficaz extractor evita assim fumo incómodo. Claro que transformou o lugar num imenso restaurante - são quatro as casas contempladas -, mas que solução mais aprazível se poderia exigir?! A Cilinha aparece aqui retratada ao lado de uma cliente que é amiga também. Nada estranho: é o que acontece a quem por lá aparece. Cumpre-se assim o poema de José Afonso: "Trás outro amigo também". Claro, e quando é para mastigar as melhores sardinhas do mundo, não faltam amigos para a festa. Se esta é a pior cidade do país Portugal... vou ali e já venho. Bom apetite.
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