terça-feira, 6 de setembro de 2011



SETEMBRO 6 | Em acontecimentos de tamanha gravidade, todos os primeiros comentários de rua são frágeis. Mas são opiniões surgidas a quente, em cima da tragédia, e têm a importância de registar a memória dessa circunstância. Nas ruas de Manhattan assisti às mais variadas análises políticas e sociológicas. Ouvi quem atribuísse de imediato a culpa à emigração. Outros falavam em zanga de deus. Houve ainda quem falasse em acidente: é impossível alguém matar assim tanto inocente, diziam. A maioria acreditava tratar-se de acção terrorista. Muita gente chorava, simplesmente. Eu decretei: isto é uma guerra. Parece que me enganei. Mas não muito.
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