domingo, 4 de setembro de 2011



SETEMBRO 4 | Salvador Allende foi eleito Presidente do Chile em 1970. A presença de um socialista no palácio de La Moneda não agradou aos habituais detentores do poder. Pinochet, homem do regime, traiu sem complexos. Golpe sujo e violento matou Allende. Combateu até ao fim. Disseram então que o presidente eleito era um resistente romântico que acreditava numa sociedade mais justa instalada pelas vias tradicionais. Acontece que o homem acreditava na democracia. Pinochet acreditava exactamente no seu contrário. Só a justiça dos donos do mundo lhe dizia alguma coisa. As famílias chilenas responsáveis pela miséria do país agradeceram-lhe eternamente. O neoliberalismo rejubilou. Um dia destes, viajando por blogues, deparei com elogios ao general ditador. Passado tanto tempo e depois de tanto debate esclarecedor, ainda há quem defenda um criminoso que não olhou a meios para aniquilar adversários. Repugnante. É por isso que é preciso recordar. Nos tempos que correm, é bom não esquecer.
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