sexta-feira, 18 de junho de 2010


LEVANTADO DO CHÃO | Leio Saramago desde "Manual de Pintura e Caligrafia", ainda edição da Moraes. Fico contente por ainda guardar o livro. É uma espécie de troféu. Depois não parei. Considero "Levantado do Chão", "O Ano da Morte de Ricardo Reis", "Memorial do Convento", "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" e "Todos os Nomes", romances de referência. Gostei menos de alguns outros. Mas é dificil desprezar tão boa escrita. No final dos anos oitenta do século passado, organizei um ciclo de encontros - Dois dedos de conversa com... - , no Círculo Cultural de Setúbal, onde Saramago foi um dos convidados. Passeámos por Setúbal. Jantámos. Depois deixei de ter paciência para algumas ambiguidades políticas. Acho mesmo que Saramago deveria ter dito o que pensa políticamente antes de morrer. Não disse, mas tomou atitudes. Chega-me. Acho que conheço muito bem Saramago. Mais pelos livros. Está lá tudo. E curvo-me perante a sua memória. E perante a sua obra.

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