terça-feira, 23 de março de 2010
Crise nervosa
Os candidatos a líderes da oposição social-democrata de direita - confesso que nunca entendi como é que a social-democracia é de direita, mas adiante -, estiveram a conversar na televisão sobre os seus projectos para o País. Esqueceram-se foi, precisamente, do País. O poliglota ridículo das batalhas contra a co-incineração não conta, é claro. Mas os outros, com Rangel à proa, revelaram-se uma desilusão. As propostas estão ao nível do umbigo de cada um. E cada um mostra o que tem para dar sem o pudor da responsabilidade. A discussão não vai muito além de acusações comezinhas: "Isso é o que o PS quer", "Sócrates não diria melhor", "Você está com o PS", são frases que poderiam ser ouvidas durante a contenda. Já percebemos que Passos Coelho faz o seu passeio pela avenida. A liderança espera-o. Mas para quê? Há crise no País e no Mundo. E há crise na oposição que tudo faz para provocar uma crise governativa no País. Já é doença. Ora porra para as crises.