terça-feira, 1 de setembro de 2009

O passado e o futuro


Paulo Portas não descansa. É o mais esforçado amigo dos pobres e espoliados. As soluções saem-lhe das mangas da camisa. É só desapertar os dourados botões de punho e chamar as televisões. Tanta disponibilidade para os descamisados comove. Portas é uma espécie de Evita de calças. Agora até decide quem é do passado e quem almeja por um futuro melhor. Ele está entre os segundos, é claro. O homem anda a adivinhar o futuro há décadas.
Um dos presságios está no slogan: "Cada vez há mais pessoas a pensar como nós". Seria preocupante, se não fosse ele figura de um conservadorismo serôdio envolto em coloridas roupagens. Só que o colorido é de má qualidade, e esvanece logo que surgem os cortinados do Poder. É sempre assim.