domingo, 20 de setembro de 2009

Cromos eleitorais

As campanhas eleitorais trazem sempre os cromos do costume. É sempre bom rever Carmelinda e Aires Rodrigues na sua luta contra as injustiças que nos agridem. São os cromos que temos para a troca e ninguém os quer. Depois há os cromos integrados. Apolónia dá a cara por um partido que a CDU insiste em fazer existir, mas não existe. Disfere as banalidades habituais e desanda, usando o tempo da coligação. Há também os fascistas do PNR, que nesta campanha usam uma linguagem minimalista, bem consonante com a sua inexistência. Mas hoje, ao convocar a paciência para assistir a um tempo de antena, deparei com a jornada de uns tais "pró vida". É qualquer coisa que nos quer pôr a fazer filhos de empreitada. Acham qua a vida é o que mais interessa - até aí tudo bem -, mas o que mais me impressionou foi a expressão daquela gente: pareciam estar a morrer. Para quem fala de vida, não é aquela, de certeza absoluta, a melhor forma de nos convencerem dos benefícios das suas propostas. Aparecem mais como um grupo de candidatos fartos da vida. Provavelmente não entendem a vida tal como ela é hoje. Deve ser isso.