sábado, 12 de setembro de 2009
Arte de ser português, mesmo fora de prazo
Jorge de Sena voltou à terrinha. Não se sabe se contrariado ou não. Está morto. Eduardo Pitta aborda aqui a coisa com talento. Como Sena merecia.
Eu, humilde larápio, limito-me a recordar estes versos de Jorge de Sena a que José Afonso acrescentou música.
Ora oiçam:
Epígrafe para a Arte de Furtar
Roubam-me Deus
Outros o diabo
Quem cantarei
Roubam-me a Pátria
e a humanidade
outros ma roubam
Quem cantarei
Sempre há quem roube
Quem eu deseje
E de mim mesmo
Todos me roubam
Quem cantarei
Quem cantarei
Roubam-me Deus
Outros o diabo
Quem cantarei
Roubam-me a Pátria
e a humanidade
outros ma roubam
Quem cantarei
Roubam-me a voz
quando me calo
ou o silêncio
mesmo se falo
Aqui d'El Rei.