domingo, 17 de maio de 2009

Morreu Miguel de Castro


E eu não sei o que dizer. Era meu amigo. Dos maiores. Era poeta. Dos maiores também. Tenho aqui dado notícia de alguns encontros com ele. Estava debilitado há já algum tempo. Mas lúcido. Ao telefone, recordávamos os inúmeros almoços em que se falava de tudo: poemas, política, mas, quase sempre, ou sempre mesmo, de mulheres. Era o poeta das mulheres, do corpo. Muitas vezes Luiz Pacheco juntava-se a nós, nas almoçaradas e em outras deambulações. Ficam essas recordações intensas. E fica o trabalho poético. É um afastamento doloroso, este.
Fui seu editor. Estava a tratar de passar toda a sua obra para um volume. E para um sítio na net. Isso vai continuar.