Aos domingos, as opiniões dos pacientes que vão chegando via correio electrónico.
Destacar as religiões islâmicas como tolerantes é o máximo. A tolerância só existe entre eles. E é se não tiveres um deslize. Os católicos são ainda assim os mais civilizados. Os protestantes não passam de fundamentalistas disfarçados e claro que não vamos contabilizar as testemunhas de Jeóvá e outros energúmenos. Esta gente acha que a Razão é um produto apenas ao seu alcance. Têm o paraíso prometido e desprezam quem não procura essa felicidade eterna. Coitados. Perdoem-lhes, que não sabem o que dizem.
Ana Coelho
Eu gostava de apanhar o cardeal dos católicos a jeito para lhe perguntar qual é o respeito que a Igreja tem pelas mulheres. Podem ser padres? Podem ter responsabilidades nas decisões das paróquias? É claro que os evangélicos Baptistas e as Testemunhas do desastre e muito fortemente os islâmicos, são uns trastes, mas não estão sós no templo.
Carla K. - Bruxelas
O debate esquerda-direita não se pode resumir às diatribes de Manuel Alegre. Alegre combateu a esquerda a que agora se alia. É um facto. Alegre sempre se afastou das decisões. Quando foi secretário de estado, de um governo socialista dirigido por Mário Soares, foi um desastre, combatido por toda a esquerda. Quando se candidatou à liderança, contra Sócrates, custou a assumir a candidatura a primeiro-ministro em caso de vitória. Nunca esteve muito disposto a trabalhar. O debate da esquerda está nas ideias que surgem e se renovam quase diariamente. A esquerda tradicional tem de tomar o pulso a essas novas preocupações. A esquerda tradicional tem muitos independentes como eu. E não deve contar com o PCP, que é um partido reaccionário, completamente agarrado a ideias passadistas e ridículas. A esquerda não tem só que criar unidades, tem que pensar a sua própria existência. Existir sem perpectivas, sem visão de futuro, não leva a lado nenhum. E a esquerda não tem que pensar na sua própria existência, tem que pensar no país e nas pessoas. O luxo da contestação por tudo e por nada, já era...
Maria de Lourdes Casalinho