quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
O melhor bacalhau à Brás de Lisboa
O Restaurante Fidalgo não é uma casa para todos. Há mesmo quem não se sinta lá bem. Não se pense com isto que, para fazer jus ao nome, a fidalga arrogância conquistou o lugar. Nada disso: Fidalgo é nome de família. Os eugénios - Eugénia e Eugénio Fidalgo - são os anfitriões: ela na cozinha; ele a dar ao badalo na sala. Dito isto: o Fidalgo existe e recomenda-se apenas para quem gosta de comer bem. Quem quiser mastigar qualquer coisa arranjará com certeza onde abancar; no Fidalgo não. É por isso que as suas portas são diariamente franqueadas por conhecidos e exigentes gastrónomos. Jornalistas, escritores, artistas, empresários pequenos, médios e grandes, gente de cá e de "lá de fora", vão entregar a sua comensal vontade aos méritos desta equipa que sabe misturar o bem cozinhar com simpatia. A produção é regional, sem a falsa modernidade das confecções em "seus mantos de não sei quê" e "em cama de coisa nenhuma".
É autêntico o que se come ali. E também não se bebe nada mal. A garrafeira da casa não esqueceu nenhum canto de Portugal. É o patriotismo gastronómico a içar a bandeira vinícola.
Está-se lá bem, quando se quer comer bem e passar um momento agradável.
Está-se mal, quando não arranjamos um bocadinho para ir até lá.
E hoje há bacalhau à Brás.