sábado, 13 de dezembro de 2008

Deambulatório

Aos sábados, opiniões escolhidas entre as publicadas nas redondezas.
Equívocos - Como de costume, muita gente excitada com a entrevista que o dr. Medina Carreira deu ontem à SIC-Notícias. Eu esta não vi, mas tenho visto muitas, a última das quais há menos de um mês, e gosto sempre de o ouvir, porque o dr. Medina Carreira demonstra saber do que fala e fala com desembaraço. Descontado o Apocalipse, aprendo sempre alguma coisa. O mais engraçado é que a maioria dos seus actuais groupies não faz a mais pequena ideia do que o dr. Medina Carreira faria para “meter a casa” (ou seja, o país) na ordem, se tivesse oportunidade para tanto. Continuar a ler
Eduardo Pitta | Da Literatura

Alguém esperava outra coisa? - A reunião entre o Ministério da Educação e a Plataforma Sindical dos Professores resultou em… nada! Alguém esperava outra coisa? Já se sabia que o resultado iria ser este, depois de, para uma reunião com “agenda aberta”, cada um dos parceiros partir mais como contendor, tendo anunciado que não fazia cedências, do que como interessado na negociação… Alguém esperava outra coisa, afinal?
A avaliação de desempenho é assunto que já mostrou o que vale: por um lado, pela dificuldade de ser discutida entre os actuais parceiros; por outro, pela ideia peregrina de que ela contribuirá para o sucesso, sem que se lhe adivinhe uma ponta de preocupação formativa; por outro ainda, pela transformação deste processo numa luta política, imposta por políticos, que, eles mesmos, não têm práticas de avaliação (bastará ver-se a confusão em torno das faltas na célebre sessão da Assembleia da República da semana passada!); finalmente, porque, provavelmente, tem que haver sempre a dicotomia entre os “bons” e os “maus”, como se está a ver neste processo, dependendo uns e outros das paixões dos adeptos. A sério: alguém esperava outra coisa desta reunião que houve na tarde de hoje?
Lamento tudo isto. Sobretudo por duas razões: porque os argumentos de parte a parte já cansam e não me convencem; porque a política está a invadir a escola. E todos saem a perder. Lamento tudo isto. Não só por uma questão de respeito (pelas profissões, pelos cargos, pelas instituições, pelas pessoas). Também por uma questão de coerência e de cidadania.
João Reis Ribeiro | Nesta hora