Qual é, hoje em dia, a profissão mais rentável? Jogador de futebol? Advogado? Namorada de jogador de futebol? Não. Creio que o ramo de actividade mais atraente para quem quer construir uma carreira de sucesso é ser proprietário de um banco falido. Enquanto o banco não vai à falência, retiram-se todos os benefícios que ser banqueiro oferece; quando vai à falência, não se suporta nenhuma das desvantagens o Estado toma conta de tudo. Quem deve 700 euros pode ter problemas: intimações, tribunais, penhoras. Quem deve 700 milhões, em princípio, está mais à vontade. Se contrair empréstimos, já sabe: aponte para cima. No que toca a devedores, aplica-se o mesmo princípio de mérito que rege o resto da sociedade: os maiores e mais talentosos têm mais dinheiro e prestígio.
Levando tudo isto em consideração, não se percebe por que razão não há programas de auxílio à criação de bancos falidos. É certo que, no momento em que vão à falência, os apoios não faltam. Mas, tendo em conta que se trata de uma actividade tão proveitosa, não deveria ser incentivada desde cedo? Continue a ler